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domingo, 14 de dezembro de 2008

Para o meu "Padquinho" =D

(Esta é a minha prenda de Natal para ti...)

Ora bem…tal como prometi, escrevo isto para compensar-te a carta de padrinho que não te fiz. Não queria muito escrever-te uma simples carta tradicional num papel azul com 25 linhas até porque merecias algo mais original, ou melhor dizendo, algo realmente especial…pois não estou a escrever para um simples padrinho…estou a escrever para o melhor “padquinho” do mundo!!! Concluí que tornar publica esta dedicatória a ti seria uma forma original de te escrever algo parecido com a carta para padrinho…

Tenho pena que não me tivesses baptizado (não te dei o prazer de me molhares XD)…mas infelizmente só comecei a conhecer-te depois do dia do baptismo…ou melhor: Tudo começou na noite do baptismo loool… grandes fotos que eu tirei naquela noite, não concordas? XD (estavas muito bem, diga-se de passagem)

Pedi-te para meu padrinho porque…por tudo mesmo…tudo em ti me agradou… adoro falar contigo (acho que dá para perceber) … e já sabes mais de mim do que muita gente que julga conhecer-me… sinto que posso confiar em ti e que terei sempre o teu apoio… Espero nunca perder o teu contacto padrinho :S mesmo que no final deste ano te vás embora…espero continuar ligada a ti…

Acredita em tudo o que te digo com sinceridade…pois é mais que verdade!!!

(tu sabes do que falo…)

Adoro-te padrinho…

Beijo grande

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Neve em Bragança

Na passada sexta-feira (estava eu a dormir ainda demanhã)...acordada pelo toque do telemóvel, e ainda ensonada, atendi a chamada..."GUIDAAAA.....JÁ OLHAS-TE PELA JANELA?!?!?! TÁ A NEVAAAR!!!!...."
Dei um salto da cama e voei para a janela...
Não acreditava no que via...
Tão branquinha, tão bela...
Era neve que caia...
:D
O verde passou a claro e rapidamente se transformou em branco...
aos poucos a neve cobriu tudo onde caia...
















A NEVE (a)
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim...

É talvez a ventania;
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
de uns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
- depois em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos... enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na natureza...
– e cai no meu coração.

Augusto Gil - Luar de Janeiro, 1909